Apistogramma

 

Biótopo:
América do Sul - Anões

Distribuição Geográfica / População:
Existem diversas populações que levam à mudança das cores assim como ao número de barbatanas que podem conter coloração mais intensa como p.e. os “Triple-Red” ou “Double-Red”. Rio Ucayali, Rio Amazonas (Peru) e Rio Solim

Características da água:
Temperatura: 23º-29ºC

pH: <7 br="">
dH: <6 br="">

Alimentação:
Peixes omnívoros que aceitam em cativeiro praticamente todo e qualquer tipo de alimentação, com preferência para comida congelada (krill, mysis, daphnias, larva vermelha e larva branca). Comida viva é também apreciada (artémia adulta, larva de mosquito, etc). No seu habitat alimentam-se de pequenos crustáceos e insectos.

Dimorfismo Sexual:
É uma espécie facílima de distinguir dadas as diferenças entre os sexos. Por volta dos 4 meses de idade já são perfeitamente sexaveis. Os machos tornam-se peixes bastante corpulentos e com tamanhos que podem facilmente triplicar o tamanho das fêmeas. A coloração também não deixa margem para dúvidas dado que as fêmeas são bastante descoloradas à excepção da época de acasalamento onde ganham um amarelo dourado muito bonito ao longo de todo o corpo. Já as barbatanas possuem apenas laivos de cor. Por sua vez os machos têm barbatanas extremamente exuberantes, quer em tamanho, quer em coloração. As cores podem variar, sendo que se situam sempre num tom “quente”, indo desde o amarelo (variante pouco comum) ao vermelho forte passando por toda a gama de laranjas.

Tamanho Máximo:
Os machos podem atingir os 9/10cm ao passo que as fêmeas dificilmente ultrapassarão os 4/5cm.

Comportamento:
Não sendo das espécies mais agressivas requerem requisitos mínimos e alguns cuidados como qualquer ciclídeo que se preze. Manter no mesmo aquário mais que um macho é de todo desaconselhável assim como são de evitar misturas de espécies do género Apistogramma. O ideal será um aquário com um mínimo de 60cms para um casal ou 80cms para um trio devendo sempre serem providenciados um local de desova por cada fêmea e estes deverão estar afastados o mais possível. Uma vegetação densa ajuda a reduzir a agressividade entre os indivíduos. As fêmeas podem também elas gerar alguns conflitos entre elas sendo que se for esse o caso deverão ser retiradas as fêmeas em excesso. Para outros companheiros de aquário revelam-se extremamente pacíficos e tolerantes, à excepção da época em que estão a reproduzir.

Reprodução:
Tal como na grande maioria dos peixes do género Apistogramma esta espécie é depositora de ovos. A fêmea escolhe um local de desova, tipicamente uma toca, côco ou reentrância de um tronco, para desovar. Feita a postura irá manter-se junto ao local defendendo de todo e qualquer tipo de intrusos, inclusivamente do progenitor. Os ovos eclodem ao cabo de 3 a 4 dias e depressa serão avistados os pequenos alevins a nadar e “pastar” em grupo sempre debaixo do olhar atento da mãe. Os alevins crescem muito facilmente e rapidamente e por volta dos 4 meses são indivíduos sexaveis e já com intuitos reprodutivos devendo ser separados dos pais antes dessa fase. A comida a fornecer aos alevins no caso de permanecerem com os progenitores deverá ser a mesma desde que possamos garantir que pequenas partículas lhes chegam. Nesta altura a comida congelada torna-se um excelente meio de alimento pois desfazem-se sempre alguns pedaços muito pequenos que os alevins comem vorazmente. Artemia recém eclodida é também um excelente alimento.

Tamanho mínimo do aquário:
Aquário mínimo para um casal – 60cm (80cms para um trio)

Outras Informações:
Nesta espécie um foco de discussão costuma ser o ratio a manter entre machos e fêmeas sendo que na prática não existe uma verdade absoluta. Mais ou menos consensual é o facto de que a manutenção de dois machos deva ser evitada. Já no que toca às fêmeas existem várias correntes, a saber: a que defende que deve ser mantido apenas um casal por aquário, existe quem defenda a manutenção de um trio (1M x 2F) dado que deste modo o macho não irá massacrar apenas uma fêmea com a intenção de reproduzir e ainda existe a teoria de que os A.cacatuoides são uma espécie de harém em que um macho deverá ter no mínimo 4 a 5 fêmeas. Esta última para resultar exige à partida um aquário espaçoso por forma a evitar conflitos e lutas entre as fêmeas para conseguirem os melhores local de desova.