Cruzeiro do Sul

                      

 

Hemiodus gracilis ou Cruzeiro do Sul como é conhecido popularmente pelos aquaristas, é uma boa opção para aquários comunitários, onde predominam espécies pacíficas e não muito grandes, pois apesar de, quando bem tratados, chegarem a 15 cm de comprimento, raramente devoram peixes menores como neons, por exemplo. Apreciam viver em cardumes de no mínimo cinco exemplares, o que é quase uma regra, pois quando colocado aos pares, perseguições se tornam freqüentes, podendo até causar a morte do peixe que é sempre o perseguido.

Ao adquirir Cruzeiros do Sul para seu aquário, adquirida pelo menos três exemplares, sendo o ideal cinco ou mais, já que na natureza vivem em cardumes de vários indivíduos.

Esse peixe é extremamente tímido, chegando a se assustar com o simples acender e apagar das luzes, o que torna quase proibitivo a instalação do aquário em lugares muito movimentados. Quando se sente ameaçado, o peixe perde a cor, que consiste num intenso prata com a cauda vermelha na parte inferior, algumas vezes chega até a se chocar contra os vidros, o que pode lhe causar ferimentos ou até a morte, em alguns casos, o peixe parece "desmaiar", chegando a virar de cabeça para baixo, mas logo volta ao normal.

Para evitar esse tipo de problema, é aconselhável que o aquário seja extremamente plantado, sendo indicado também o uso de troncos e pedras contanto que não sejam pontiagudas, dando assim, mais segurança ao peixe. É um tanto exigente quanto a qualidade da água, preferindo temperaturas mais altas, acima de 27ºC e pH ácido em torno de 6,5.


É muitas vezes confundido com o 
Hemiodus semitaeniatus, mas essa confusão é facilmente desfeita observando-se a ausência da faixa vermelha na cauda que não possui os lóbulos arredondados como no H. gracilis.


A reprodução é raramente conseguida pelo aquarista, pois o Cruzeiro é um peixe de piracema, ou seja, que desova na nascente dos rios, necessitando de correnteza para sua reprodução. Apesar disso, a reprodução em cativeiro já foi conseguida por alguns criadores. A alimentação é simples, ele aceita desde flocos até alimentos vivos, complementando sua dieta mordiscando algumas plantas, mas nada que seja significativo a ponto de não poder colocá-lo num aquário plantado.