Apesar de ser encontrado facilmente nas lojas, o Mexirica, como é conhecido popularmente, tem algo de muito especial em sua origem e que poucos sabem, é habitante original das águas da Índia e Sri Lanka, sendo assim um dos poucos membros da família Cichlidae originários da Ásia.
O nome Mexirica foi dado devido à sua cor que é semelhante à da fruta, podendo variar do amarelo claro até um tom de amarelado bem intenso, quase laranja; em alguns países possui ainda os nomes de Ciclídeo da Índia e "Orange Chromide".
O aquário para o Mexirica deve possuir água salobra e volume de pelo menos 100 litros, com substrato arenoso e vegetação densa, o que será bastante apreciado pelo peixe, que não costuma "re-decorar" o aquário a seu gosto, mas é importante que o aquarista escolha espécie que suportem água salobra. Muitos mantém este ciclídeo em água doce, isso costuma diminuir a sua expectativa de vida e não permite que sua coloração atinja o amarelo mais intenso, além de, praticamente, acabar com todas as chances de se conseguir êxito em sua reprodução em cativeiro. O ideal é manter um casal de Mexiricas, mas caso não seja possível, deve-se manter mais de três exemplares, pois em números menores podem ocorrer perseguições constantes, rochas e plantas podem ajudar a diminuir as disputas por território, o que é comum entre ciclídeos. Não há grandes restrições quantos aos demais peixes que irão dividir o aquário com os Mexiricas, só é necessário que não caibam em sua boca e tenham as mesmas exigências quanto aos parâmetros da água.
A reprodução em água salobra com os parâmetros próximos aos ideais não é difícil. Recomenda-se colocar de seis a dez indivíduos num aquário e observar a formação dos casais, assim que isso acontecer, estes devem ser separados num aquário só para eles. A desova costuma ocorrer em alguma pedra ou superfície lisa e o tempo de eclosão poderá variar de três a seis dias, dependendo da temperatura e salinidade da água, quanto mais quente, mais rápido os ovos eclodem. Assim que isso acontecer, os pais deverão transferir os filhotes para algum buraco cavado por eles no substrato ou toca em pedras ou troncos. Os pais se encarregam de cuidar dos filhotes e ficam bastante agressivos com tudo que se mova próximo à eles. O sucesso do desenvolvimento dos alevinos está diretamente ligado à salinidade da água.
A alimentação dos filhotes poderá ser feita através de micro-vermes, náuplios de artêmia, entre outras coisas, sendo que num aquário com densa vegetação, a chance deles se desenvolverem é bem maior devido à oferta de alimento oferecida pela rica micro-biologia. Os adultos preferem alimentos vivos mas também costumam aceitar ração industrializada.
Nome científico: | Etroplus maculatus |
Origem: | Ásia (Índia e Sri Lanka) |
pH: | 7,5 a 8,5 |
Temperatura: | 24ºC |
Dureza: | 15ºDH |
Tamanho adulto: | 8cm |
Tamanho do aquário: | 100L |
Alimentação: | onívoro |
Reprodução: | ovíparo |