Peixe Arroz

                     

 

 

Oryzias latipes

Nome Popular: Peixe Arroz, Medaka Japonês, Japanese Ricefish

Família: Adrianichthyidae

Distribuição: Ásia, da China ao Japão e coréia do Sul. Também ocorre em algumas ilhas indonésias

pH: 7.0-8.0 dureza: 9-20 temperatura: 5-35º C (em aquários, comum 18º-24º)

Tamanho adulto: 3 cm

Sociabilidade: Pacífico, comunitário

Manutenção: Fácil

Zona do aquário: Meio / Superfície

Aquário mínimo: 40cm X 30cm X 20cm (24L)

Alimentação: Onívoro. Zooplâncton, flocos, grânulos, alimentos congelados, vermes, larvas de mosquito, dáfnias. Alimenta-se na superfície da água podendo, no entanto, procurar comida no fundo do aquário.

Características: O Medaka Japonês é um animal de estimação popular desde o século XVII no Japão. Ele é anfídromo, ou seja, pode passar da água salgada para a doce ou vice-versa quando bem entender. É encontrado tanto nos oceanos como nos rios. Esta espécie é comum em plantações de arroz da costa asiática. O Oryzias latipes é um organismo modelo comum usado em pesquisas biológicas. É uma espécie simples, resistente e de vida curta que é reprodutivamente prolífica e fácil de se criar no laboratório. Ele suporta o frio e pode ser transportado facilmente. Quase todos os aspectos do ciclo de vida do medaka foram analisados repetidamente por biólogos de laboratório. Comportamento sexual, herança genética da coloração, hábitos de desova, alimentação, patologia, desenvolvimento embiológico e ecologia do peixe estão todos publicados e replicados. Sua neuroanatomia e genoma estão mapeados.

Medakas transgênicos são relativamente fáceis de se produzir. O peixe foi modificado geneticamente para secretar vários hormônios humanos, expressar seqüências promotoras de outro peixe, e produzir proteínas antimicrobiais e uma proteína que faz o medaka brilhar um verde fluorescente. Há também várias mutações que aparecem no medaka aleatoriamente. Por exemplo, uma raça mutante sem escamas, e outra com barbatanas muito longas. É, um animal muito apreciado pelo povo japonês, especialmente as crianças, pelo seu caráter e aspecto simpático – sendo mesmo organizadas excursões escolares para observação e recolha de exemplares nos seus habitats naturais.

O. latipes foi ao espaço a bordo de um ônibus espacial. Ele recebeu a primazia de ter sido o primeiro vertebrado a acasalar em órbita. O resultado do acasalamento foi uma descendência de peixinhos saudáveis, nascidos no ônibus espacial Columbia em 1994.
Reprodução: Ovíparo de fertilização externa, havendo entretanto, relatos de fertilização interna. As fêmeas são mais roliças, os machos têm barbatanas mais desenvolvidas. Outro sinal distintivo poderá a presença de uma abertura separando os raios da barbatana dorsal, na sua zona inferior, nos machos (sendo está a forma de diferenciação mais fiável). Têm tendência a reproduzirem-se durante a Primavera. O processo é iniciado através da temperatura que deve ser ajustada para perto dos 25°C e o período de luz deve ser aumentado de modo a simular a extensão dos dias durante a Primavera. Uma fêmea é capaz de por até 3.000 ovos. As crias só surgem ao amanhecer. Após a desova, a fêmea carrega os ovo fixados num cacho, presos na sua barbatana anal durante algumas horas, até que encontre plantas de folhas finas com as que se esfrega para desprendê-los. É aconselhavel colocar os ovos em um aquário próprio. Uma fêmea pode produzir ovos todos os dias durante um período de várias semanas. Os ovos medem entre 1-1.5 mm, são transparentes e têm uma espécie de filamentos externos que faz com que permaneçam unidos.

O desenvolvimento dos ovos dura entre 1-3 semanas, dependendo das condições de temperatura. Os creidores dos exemplares manipulados genéticamente (como o “TK-1” asseguram que estes são estéreis). Os filhotes são fáceis de criar e podem ser alimentados com comidas comerciais para alevinos.